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Tank Sírio abatido porMíssil Israelita

Posted by REDEECCE On quarta-feira, 9 de dezembro de 2009 0 comentários

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Tempos de Guerra – Por Adriano Irgang

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Escrito por meu melhor amigo, meu irmão


Tempos de Guerra – Por Adriano Irgang


Baseado no relato do soldado alemão Hans K. durante sua luta na 2ª Guerra Mundial na África e o tempo como prisioneiro de guerra.


O Deserto Africano – Parte 2

Depois de nos reunir em fileiras, os americanos nos colocaram em campo aberto, debaixo de um sol tórrido de 40ºC e lá ficamos sem nos mexer por uma manhã inteira. Alguns desmaiaram e ficavam ali, sem socorro, pelo resto do dia. Os americanos não se importaram nem um pouco conosco.

Ser prisioneiro de guerra é pior que lutar a própria guerra. Depois de um mês os americanos nos entregaram aos franceses, mais especificamente aos soldados da Legião Estrangeira. O campo de concentração para prisioneiros de guerra é o inferno na terra.

Durante quatro dias marchamos debaixo do sol impiedoso da África até um lugar a noroeste de Pond du Fahs. Marchávamos entre cinco ou seis fileiras. Os legionários vinham uns poucos metros atrás dirigindo um caminhão com um cabo atado a um rolo de arame farpado e passavam por nós em alta velocidade. O arame farpado fazia um estrago bem grande. Neste processo fomos todos feridos. Quem conseguia ouvir a tempo os gritos ou o barulho do motor do caminhão a tempo, podia desviar. Consegui desviar por que um companheiro meu me empurrou para o lado. Foi minha salvação. O arame farpado riscou a areia levantando uma nuvem amarelada que encobriu tudo em nossa volta.

No campo de prisioneiros de Pond du Fahs ficamos ao ar livre, sob o sol escaldante de dia e a noite um frio cruel. Os legionários não nos deram tendas, cobertores ou qualquer coisa que servisse como pá para cavarmos buracos onde pudéssemos nos proteger do sol e do vento. O campo media uns 300 a 400 acres e era totalmente cercado por arame farpado. Havia uns 12.000 ou 14.000 prisioneiros no campo. A água era racionada. Um líquido que valia ouro no campo. Escapar dali era impossível. Não pela segurança, mas pela debilidade dos prisioneiros, que se arrastavam como zumbis de um lado para o outro do terreno. Nunca conheci um prisioneiro alemão na África que conseguiu escapar. E quem conseguisse escapar, não encontraria água ou comida por centenas de quilômetros.

Depois de alguns dias fomos caindo um a um. Morte por inanição, insolação e falta de água. Perdi a conta das covas que cavei com minhas próprias mãos para enterrar os mortos. Nem mesmo a Cruz Vermelha veio em nosso auxílio. Ali a Cruz Vermelha não existia, era apenas um nome na lembrança.

Estávamos esquecidos no deserto, entregues a própria sorte, sem força para lutar. Na guerra, você consegue se defender, pode ter uma morte rápida, mas na prisão você não tem chance, era se sujeitar ao pior e esperar por uma morte lenta e dolorida.

Após dois meses brincando com a morte, fomos levados a uma região para trabalhar na remoção de minas. Naqueles dias ouvir cinco ou seis explosões não muito distantes. Quem se recusava a trabalhar nos campos minados era fuzilado na hora. Não tínhamos nenhum equipamento para remoção das minas e não tínhamos sequer idéia sobre onde elas podiam estar. Ficamos ali durante umas quatro ou cinco semanas. Os franceses tinham o mapa dos campos minados, mas eles não forneciam nenhuma informação.

Em julho de 1943, marchamos durante uma semana tendo como companhia um sol de 45ºC até um pequeno campo de prisioneiros, próximo a Tunis. Marchamos lentamente. Uma grande parte dos prisioneiros ficou pelo caminho e foi enterrado pela areia do deserto trazida pelo vento. Nessa semana de marcha, lembro de ter tomado água uma única vez. Não sei como saí vivo dali. Os franceses tinham uma grande cisterna com água, colocada uns 50 metros longe de nós. Abriam as torneiras despejando a água na areia e nós tínhamos que correr esses 50 metros para pegar a água que evaporava antes mesmo de tocar o solo. Muitos de nós colocava apenas a areia úmida na boca pensando ser água. A água tinha gosto de gasolina e as poças que se formavam na areia eram disputadas entre socos e pontapés pelos homens. Se alguém tivesse uma arma, disputaria pelas possas de lama à bala.

Essa era a tática dos legionários para eliminar os mais fracos. O campo próximo a Tunis ficava a 90 Km de Pond du Fahs, no deserto do Saara. Não tinha nada ali. Só areia. Havia uns 5.000 prisioneiros no campo. Todo dia morriam algumas dezenas, de fome e doenças.

Nos melhores dias bebíamos 200 ml de água e comíamos um pão. Comer pão era como comer pedra, de tão duro e seco que estava. No campo, com o sol sob nossas cabeças, a única coisa em que eu pensava era comida.

Para se proteger do sol, cavamos um buraco do tamanho de um homem com arbustos secos e argila feita da água que não dava para beber. Conseguimos lonas e finalmente colocamos alguma proteção contra o sol impiedoso.

Havia apenas um médico alemão no campo. Mas não havia remédios nem instrumentos médicos. Eu e meu amigo fomos escalados para cavar covas rasas para os mortos que se multiplicavam a cada dia. Passei semanas enterrando corpos. Começava de manhã acordado pelo sol e terminava a noite, dormindo às vezes dentro cova, feita para o futuro morador.

Um dia, os franceses ordenaram que empilhássemos as lonas e todo material de abrigo no meio do campo, pois iríamos partir. Depois atearam fogo em tudo e nos mandaram dispersar, quando estávamos prontos para marchar. Agora sem as lonas e os arbustos, tínhamos apenas os buracos pra nos proteger. Os legionários queriam que nós ficássemos sem os abrigos, que sofremos tanto para construir.

Em outubro entrei em estado de coma, que durou uns oito dias. Ficava deitado no buraco, sem força nem para fazer as necessidades básicas. Fui capturado em 12 de maio de 1943, em novembro tinha perdido 50 Kg.

No inicio de dezembro um major americano com ligação a Cruz Vermelha resolveu vistoriar nosso campo. Foi minha salvação. Ele descobriu as péssimas condições que nos encontrávamos. Menos de 3.000 ainda estavam vivos. No dia seguinte apareceu uma dezena de ambulâncias e com uma centena de soldados americanos o major forçou a entrada no campo. Os casos mais urgentes foram selecionados para hospitalizar.

Em uma ambulância comi pão e bebi água, coisa que não fazia havia alguns dias. Em Tunis, fomos internados na Cruz Vermelha alemã.

No inicio de 1944 fomos levados para os Estados Unidos em oito navios carregados de prisioneiros alemães. Fomos os primeiros prisioneiros alemães a desembarcar nos EUA.

Em Nova York fomos em um confortável trem de passageiros. Pra nós foi um acontecimento memorável, pois na Alemanha os soldados eram transportados em vagões de carga.

Viajamos durante uma semana até Tonkawa, Oklahoma, em um campo de prisioneiros onde fomos alojados em barracas para 40 homens cada.

Nesse período trabalhei em várias fazendas, na colheita de grãos e dirigi tratores e máquinas agrícolas de todos os tipos. Fazíamos vários serviços, no campo e nas cidades.

Nesse tempo, tivemos que ajudar vários fazendeiros da região na colheita e serviços diversos, no campo e nas cidades.

Com o fim da guerra, tive a sorte de retornar para casa, um mês depois da páscoa de 1946. Muitos ainda ficaram trabalhando nas lavouras da Inglaterra e da França por mais dois anos.

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FENAJ

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Em defesa do Diploma
Parlamentares pedem instalação de Comissão para analisar PEC dos Jornalistas
Após a aprovação da PEC 33/09 na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania do Senado, os esforços da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma concentram-se na formação, ainda em 2009, da Comissão Especial, na Câmara dos Deputados, que analisará a proposta que restabelece o diploma de jornalismo. O objetivo é compor a comissão com nomes agregadores, que potencializem a agilização da tramitação da matéria.
09/12/2009 | 11:24
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