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ignea renovatu natura incessantemente

Posted by REDEECCE On quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 0 comentários
Joguei no fogo ecce homo de Nietzsche. Tomei um café em um local público fumei três cigarros e fiquei circulando na cidade olhando os rostos as vidinhas que por ali perambulavam. percebi que eu também sou uma vidinha. Sim uma pequena vidinha cheia de rotinas e farsas. Por que durante tempos li filosofia? Por que este velho nitsz me acompanhou durante anos. Eu neguei ele ou ele ontem me negou me deixando na vidinha. Sempre achei que fosse algo especial alguma espécie de ser fora da matéria. Uma peça quadrada tentando encaixar num buraco redondo. Somos todos iguais, tentando ao modo particular chamar a atenção. Adolescentes velhos pintando o cabelo e franzindo a cara pra chamar a atenção. Somos todos iguais tentando sair do marasmo e do vazio que por horas sufoca. Hoje pensei em queimar Schopenhauer e depois ir queimando tudo até não sobrar nada e no final tornar-me uma completa besta sem questionar nada e morrer como todo pobre morre no anonimato. De que vale questionar tanto e ferir-se tanto ao perceber idiotices e futilidades que nos cerca? De que vale tentar seguir o lado bom da vida e critérios baseados nas tábuas, mas por fim levar só no rabo? Como dizia Renato Russo eu queria ser como os homens e rir das desgraças da vida, ou fingir estar tudo bem. No fundo eu nem sei porquê me sinto assim, vem este anjo triste perto de mim, mas não sinto febre e não tenho um sorriso sem graça e agradeço por cuidar de mim o não sei quem. Merda, Nietzsche não tinha nada a ver com isso. No fundo agi de maneira bem idiota e lá vou eu novamente me arrepender...

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